Sobre

Por aqui será possível desenvolver projetos em conjunto, de forma co-criada, e buscar meios de compartilhar o conhecimento gerado na Universidade e a vivência de mercado, junto com o setor público e a sociedade civil. E assim, servir de instrumento de elaboração de soluções para problemáticas do território e para definição de ações prioritárias, com auxilio de gestores e especialistas da área.

O projeto é um desdobramento da minha pesquisa de doutorado que teve como base o conceito de quádrupla hélice. Deixe-me explicar um pouquinho desse conceito para você.

A visão sistêmica sobre políticas de inovação foi amplamente adotada no final dos anos 1980 e início de 1990. O conceito de sistema de inovação originalmente construído sobre uma hélice dupla enfatizava a interação entre academia e indústria, atribuindo ao Estado um papel menor no desenvolvimento de inovações. À medida que o conceito de sistema de inovação tem sido cada vez mais aplicado a nível regional, e não a nível nacional, a visão do ator governamental mudou e ampliou-se. Acredita-se que a inovação ocorra através de redes de interação suportadas por leis, regras e padrões.

Entendendo que para a inovação acontecer, evidencia-se a necessidade de maior interação entre diferentes atores da sociedade, Rodrigues & Melo (2012) sugerem que o modelo de hélice tripla (THM) é cada vez mais usado como fonte de inspiração para a política de desenvolvimento local. A primeira hélice engloba a academia/ universidade, a segunda hélice refere-se à indústria, a terceira hélice o governo. Marfim, (2017) ressalta que a hélice tripla é um modelo universal de inovação, sendo este aplicado no desenvolvimento do Vale do Silício por meio da inovação sustentável e do empreendedorismo.

A Hélice Tripla é um conceito que propõe que a cooperação não deve ser apenas entre instituições governamentais e empresas da indústria do turismo, mas a inclusão de universidades também é incentivada, especialmente porque as instituições produtoras de conhecimento se tornaram um fator importante na inovação e têm muito a contribuir para a  atividade turística em termos de conhecimento, o que é importante no desenvolvimento de novos produtos (Etzkowitz, 2008).

Carayannis & Campbell (2014) trazem uma perspectiva adicional da sociedade do conhecimento e da democracia do conhecimento para apoiar, promover e fazer avançar a promoção deste (pesquisa) e aplicação (inovação). O entendimento do sistema de quádrupla-hélice-inovação enfatiza que o desenvolvimento sustentável da economia (economia do conhecimento) requer que haja uma co-evolução da economia do conhecimento com a democracia do conhecimento. Desta forma, foi adicionada a quarta hélice, ou seja, a sociedade.  E neste caso, o residente tem um papel fundamental para desenvolvimento e inovação do turismo no destino, juntamente com a academia, a universidade e o governo.


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Aqui vou mostrar um pouco sobre meu trabalho e sobre minha trajetória

PAOLA LOHMANN

Doutoranda em turismo na Universidade de Aveiro. Mestre em Gestão Empresarial pela Fundação Getulio Vargas (2010) e graduada em Turismo pela Universidade Federal Fluminense (2008). Atuou na área de gestão de projetos e pesquisas em turismo, na Fundação Getulio Vargas, desde 2007, até 2015. Possui ampla experiência no gerenciamento de projetos e pesquisas, inclusive no âmbito de megaeventos esportivos. Gerenciou pesquisa acadêmica relacionada a Copa do Mundo 2014 e neste projeto foi pesquisadora bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Dentre os projetos que gerenciou, pode-se citar: Plano Diretor de Turismo de João Pessoa (Paraíba, Brasil), Estudo de Perfil e Impacto Econômico de Cruzeiros Marítimos na costa brasileira (2010), Estudo de Perfil e Impacto Econômico de Eventos Internacionais no Brasil(2008). Dentre os clientes atendidos, destacam-se: Ministério do Turismo, EMBRATUR, Secretarias Estadual de Turismo do Rio de Janeiro, entre outros.